Pois é vida chata, cá estou eu sentado no balcão de uma balada cara na região dos jardins, tomando uma garrafa do melhor whisky da casa, vestindo as roupas mais caras que o dinheiro pode pagar só esperando a minha vitima aparecer, para muitas pessoas o meu trabalho parece fácil, mas não é, já estou ali a uma hora e meia, uma patricinha ou outra tenta se aproximar de mim para conversar, umas interessadas na bebidas, outras interessadas em mim, querendo puxar assunto, logicamente dispensei todas, melhor para elas, mal sabem o quanto sou perigoso, quantos já matei, hoje só tenho olhos para a minha vitima, hoje é a conclusão de três meses de investigação, e pode ter certeza de uma coisa, hoje alguém morre.
Não demora muito e a minha vitima resolve dar o ar da graça, loira de cabelos cumpridos, linda, pele clara como mármore, no alto dos seus aparentes 30 anos, 1,75m de altura, lábios carnudos tingidos em um vermelho bem chamativo e sensual, além da maquiagem impecável, olhos verdes esmeraldas capazes de derrubar qualquer cara que olhasse para eles, e vestida em um vestido vermelho longo que destacava as suas curvas generosas do seu corpo que beiravam a perfeição, não preciso nem dizer que ela chamava a atenção toda para si, não demorou muito para o pessoal da casa ajeitar uma mesa para ela, demorou menos ainda para os primeiros pavões aparecerem para tentar corteja-la, sem muito sucesso diga-se de passagem.
Nesse meio tempo penso na minha família, minha esposa e filha, mortos, no que tive de fazer, no que faço hoje para viver, volto dos pensamentos e olho em volta e vejo todos esses idiotas, coitados mal sabem eles o quanto podem perder se envolvendo com ela, poderia deixa-la escolher um desses idiotas, esperar até eles saírem e quando estivessem em um local tranquilo e sem testemunhas eu agiria, e faria o meu trampo, nãoooooooo, por mais que mereçam a família desses idiotas não merece.
Que merda, estou me tornando um velho sentimental, isso não é bom para os negócios, volto a focar no trabalho.
Resolvo dar uma olhadinha em volta, e repasso mentalmente os dados dela, seu nome é Maria Fernanda, artista plástica dona de ateliês em São Paulo, Rio de Janeiro e Nova York, gosta de homens caucasianos, por volta dos 30 anos e que tenham conhecimento de obras de arte, e literatura, me encaixo apenas na parte dos 30 anos o resto eu tive que aprender, para me encaixar no perfil da vitima, só para registro.
Odeio obras de arte e literatura! E o que estou fazendo é extremamente perigoso!
Dessa vez , dou uma olhada na mesa em que ela está sentada e vejo ela dispensar outro pobre coitado, resolvo então fixar o meu olhar nela deixo que ela saiba que estou ali, a principio ela finge que não me viu, mas um pouco de insistência e ela cede e olha para mim primeiramente um olhar discreto, mas depois ela resolve abrir espaço e me olha demonstrando interesse, esse tipo de coquete enrolaria qualquer um desses idiotas que não fazem a menor ideia de quem ela é, e até a mim em outra época , mas não hoje, hoje você é a minha vitima, e não ao contrario, mas tenho de admitir que além da sua beleza sobrenatural, ela sabe jogar muito bem o jogo da sedução.
Foco idiota, FOCO!!!!
Levanto discretamente o copo dando a entender que estou lhe estou oferecendo uma bebida e ao mesmo tempo faço um sinal para me sentar em sua mesa, ela aceita, pego a minha garrafa e mais um copo, e vou até a sua mesa, nos apresentamos, sirvo o seu copo, começamos uma conversa amistosa, falamos sobre varias coisas ligadas a obras de arte principalmente do período da Europa renascentista, assunto esse que eu sei que ela se interessaria.
Admito que tive de ter uma força de vontade sobre humana para resistir aos seus encantos, principalmente a sua voz suave, doce, quase hipnótica, e ao seu cheiro um perfume maravilhoso, magico, que me fez perder varias vezes o foco da minha missão, sorte a minha pois a idiota acredita na minha encenação, ou o mais provável. fingia muito bem.
Diante disso resolvo chegar perto do seu pescoço, ai eu noto o quanto estava sendo descuidado, mas continuo arriscando mesmo assim, dou lhe um beijinho no seu pescoço frio como gelo e subo os meus lábios até o seu ouvido esquerdo e sussurro.
– Então, vamos sair dessa barulheira toda e ir para um lugar mais reservado, podemos tomar um bom vinho e conversar a noite toda sobre obras de arte e outras coisas.
A resposta foi a mais simples e doce possível.
- Estava esperando a hora que você ia me convidar, podemos ir a minha casa, lá tem algumas obras de arte que eu ainda não enviei para os clientes podemos aprecia-las se você assim desejar?
Bingo!!!
- Claro, adoraria, ainda mais que vou estar em ótima companhia.
Dirigi até um casarão antigo na região do Pacaembu, com um ar simples, de decoração gótica do inicio do século XX, mas que exalava uma sensação sinistra e que afastaria qualquer pessoa com bom senso.
O estranho é que esse lugar não aparecia nas minhas investigações, (droga...), entramos pela garagem subterrânea da casa, notei que tinha 3 carros estacionados ali, além do meu, (droga de novo), bom não dá para voltar mais atrás e pergunto.
- Esses carros são todos seus?
Ela responde.
- A BMW e a Mercedes são, mas o Camaro não é meu, é de um amigo que deixa as vezes aqui, por que, isso te isso lhe incomoda?
- De forma alguma!
Aproveitei esses minutinhos em que ela virou as costas e estava se encaminhando para as escadas, e dei um jeito de jogar para dentro da minha jaqueta uma faca e mais um objeto que estavam debaixo do banco, e subi para o interior da casa.
A sensação sinistra que a casa transmitia era ainda maior no interior, as paredes eram brancas meio amareladas do tempo, com móveis escuros envelhecidos, mas confortáveis, e algumas obras de artes umas penduradas nas paredes outras forradas com panos brancos, além de dois relógios de pêndulos que faziam o insuportável barulho de tique taque, fomos até a cozinha e surrupiamos uma garrafa de vinho na adega, sentamos na sala e ficamos conversando por mais um tempo, até que, que ela começou a se aproximar de mim, me olhou diretamente nos meus olhos e me deu um beijo.
A partir dai não senti mais os meus braços e pernas e uma sensação de desespero completo se abateu sobre mim, eu sentia sua mão fria abrindo vagarosamente a minha camisa, sentia aquele toque gelado de sua mão, depois que abriu a minha camisa, vi impotente à vadia pegar a faca que estava na minha jaqueta, vi seus olhos verdes como esmeraldas se transformarem em vermelhos rubis, sua face se tornar pálida sem brilho, bem como o seus caninos que ficaram preponderantes, ela se transformou de um anjo maravilhoso em um predador sombrio em questão de minutos.
Ela resolveu brincar comigo, se divertir um pouco com a sua presa antes de aplicar o golpe final, a vadia fazia pequenos cortes no meu peito sorvia um pouco do meu sangue e passava a língua para fechar a ferida, a sensação era de dor ao ser cortado e prazer depois de ser sorvido, eu parecia um maldito masoquista, eu já sentia que estava perdendo a minha força de vontade, e ela sabia disso.
Em um determinado ponto ela colocou a faca ao meu lado e começou a passar a língua vagarosamente pela minha pélvis, subindo pelo meu abdome, peito até chegar ao meu pescoço, onde ela subiu com a sua língua bem em cima da minha veia jugular que ficou saltada se divertindo com isso a vadia se deitou em cima de mim e mordeu bem de leve com o seu canino o meu lóbulo da minha orelha, e sussurrou as seguintes palavras no meu ouvido.
- Meu lindo caçador você achou mesmo que passaria despercebido, que ia conseguir me investigar sem que eu não soubesse, admito que você fez um bom trabalho e quase passou despercebido, mas tenho séculos de vantagem sobre você, e já matei caçadores muito mais poderosos que você.
- Eu poderia te transformar em um vampiro também, ou melhor, no meu pet pessoal, como forma de punição por você ter matado outros irmãos e irmãs como eu, mas por você ter chegado até aqui e me entretido vou te matar rápido e eliminar esse problema do mundo.
Merda a vadia sabia de tudo e estava se divertindo com isso.
- Agora feche os olhos meu querido, logo estará tudo acabado!
E com os seus dedos gélidos como a morte ela passa sobre as minhas pálpebras, a partir desse momento eu me voltei completamente para os meus pensamentos.
“Pronto perdi, vou poder me juntar a minha família finalmente!”
Relembro flashs do dia em que a minha mulher foi transformada em vampiro, ela destroçando a nossa filha e tomando o sangue dela como se fosse um animal selvagem, vi a outra vampira rindo e se divertindo, eu fui obrigado a assistir tudo isso amarrado a uma cadeira, e quando a minha esposa finalmente havia sorvido todo o sangue de nossa filha, ela veio vagarosamente na minha direção como um animal raivoso sedento por sangue, e quando chegou ao meu lado ela me empurrou no chão subiu em cima de mim abriu a sua boca empurrou o meu rosto para o lado e quando ia cravar os dentes em mim, eis que um braço fino e forte como uma espada atravessa o peito do que era a minha mulher.
Ao tirar o braço ela arrancou consigo seu coração, e as gargalhadas, vejo a vampira que a transformou, e ela olhando diretamente nos meus olhos diz as seguintes palavras.
- Você é meu!
- Só eu posso te matar, a partir de hoje você tem uma dona só eu posso te transformar e mais ninguém ouviu...., quando chegar a hora eu vou te caçar, você será o meu maior troféu, mas não hoje, você ainda não está pronto, nutra toda a raiva que você puder por mim, cace outros vampiros, pois a partir de hoje te faço um caçador de vampiros, então fique forte e venha atrás de mim. meu amor.
E ao som de gargalhadas ela se debruça sobre mim, e sussurra nos meus ouvidos:
- Eu te amo, e estou extremamente excitada em saber quando você vai vir atrás de mim, estou contando as horas, mas por enquanto está na hora de você acordaaarrrrr!
Estranhamente eu acordo do transe no exato momento em que a vampira ia morder a minha jugular, vejo que consigo mexer os meus braços e pernas, então sem pensar duas vezes, rolo com ela para o chão, para ficar em uma posição favorável, consigo cair por cima dela e com uma mão seguro o seu pescoço e com a outra comecei a procurar a minha faca que estava no sofá, o problema é que a vadia não parava de se debater e de me arranhar.
Quando finalmente consigo pegar a faca, a vampira se desvencilha do meu braço e morde ele, causando uma dor extrema, só deu tempo de pegar a faca e enfiar no seu coração, fazendo com que ela parasse de me morder, ficando com o seu corpo completamente imóvel, olho em seus olhos e vejo os marejados com o liquido rubro tão precioso para eles, os contemplo até que as lagrimas de sangue escorram da sua bela face, pego o meu cantil de tomar whisky que estava na minha jaqueta, olho para a vampira e digo:
- Você quase conseguiu sua vadia, faltou muito pouco, quase me fez desistir, já matei um monte de vampiros, mas você foi a única que quase me fez perder o foco da minha vingança, portanto além de empalada, você vai tomar água benta para corroer tudo dentro de você e depois vou te deixar torrar no sol sua vampira desgraçada.
E assim o fiz, aos sussurros de dor e agonia produzidos pela vampira enquanto eu a fazia beber água benta, e jogava em seu corpo causando queimaduras extremas na sua pele, e quando terminei amarrei a vampira em uma cadeira e coloque no quintal da casa, fui até a adega roubei mais uma garrafa de vinho e acendi um cigarro, esperando o dia amanhecer para poder ver o meu showzinho particular.
Confesso que estou sendo sádico em ver o medo e o desespero nos olhos dessa vampira, chego a sentir um pouco de pena dela, ai eu fecho os olhos, respiro fundo, e penso em todas as vitimas que esses malditos sanguessugas, mataram para continuarem vivendo, penso na minha filha e na minha mulher mortas por causa de vampiros, encho meu coração de raiva e ódio, abro os olhos tomo um bom gole da garrafa de vinho, dou um bom trago no cigarro, me aproximo da vampira com o veredito já pronto para ser anunciado, olho em seus olhos aponto os dois dedos do meio para ela e digo:
- Tá na hora de queimar vadia!!!!!!
E com isso vejo surgir no céu os primeiros raios do sol que ao atingirem o corpo da vampira produziram uma chama azulada que foi consumindo o corpo de dentro para fora, até a mesma ficar completamente carbonizada e se desfazer em cinzas, que iam se espalhando ao vento conforme as lufadas de ar passavam pelo quintal.
Depois que vejo essa cena sento em um canto qualquer, choro, e penso: “será que estou me tornando um maldito sádico insensível como esses vermes, preciso acabar logo com isso ou vou enlouquecer, foda-se agora vou atrás de você, preciso acabar logo com tudo isso, não aguento mais, preciso voltar para a minha família”, ai eu me levanto enxugo as lagrimas pego mais uma garrafa de vinho e deixo a casa sem olhar para trás, pensando em como encontrar a vampira que matou a minha família.
Enquanto isso, longe dali do alto de um arranha-céu uma mulher linda com cabelos cumpridos ruivos, com seus olhos vermelhos rubis, pele clara pálida opaca sem vida, vestindo um espartilho de couro negro que realçava o seu colo, e as curvas do corpo, e uma calça de couro que destacava os contornos das suas pernas, com um simples sorriso deixa a mostra seus caninos pontiagudos proeminentes, que deixavam claro quem ela realmente era.
Vislumbrando o horizonte, e imaginando o futuro, a mesma olha e diz:
- Pode vir meu amor, estou excitada te esperando, você já está pronto para ser eternamente MEU! HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Autor: Adriano Sintate
5 comentários:
ótima historia
mt maneira a historia
Ótima história, tens uma imaginação super criativa, rs. E essa beleza de mulher?rs Meu rapaz...
Srta. B. Muito obrigado pelos elogios, quanto a beleza da mulher não sei foi o tipo de mulher que me veio a mente naquele momento, mas sim tive uma musa real para fazer a vampira do final do conto, mas se vc gostou dela mais para frente pretendo fazer um conto só para ela
tudo o que eu procuro e ser vamp mais essas coisas nau insistem
Postar um comentário