segunda-feira, 19 de maio de 2014

O Predador e a Presa - Por Ivo Bernardo


      Não acreditava em ti. Sempre foste omissa na verdade. Escorregadia quando o assunto não te interessava, ou ameaçava o teu segredo. Espetava pequenos alfinetes na enorme couraça que tinhas montada em volta das tuas histórias, credíveis demais para serem postas em causa. Aquele sorriso sequestrador, tornava-me um capricho nas tuas mãos. Um pequeno papagaio voando escorregadio pelas correntes de ar ascendente. 

      Já conhecia os cantos à casa e previsivelmente era na escuridão que eu temia mais a tua furtiva aproximação. Vivias em locais escondidos, à mercê da minha coragem que nunca chegou a aparecer.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Crônicas do Sangue Fresco - Por Carolina Félix

      Nasci no ano de 1888, já com 17 anos humanos...Foram bons anos, e não estou arrependida do meu Papá me ter passado para esta vida obscura.

      Já não me recordo bem desse primeiro ano… na verdade não me recordo bem de nenhum dos meus primeiros anos como vampira…mas o meu Papá diz me que estava sempre sedenta por sangue humano!
Hoje, passados 121 anos, permaneço jovem e bela como quando nasci…Não é mau…assim atraio melhor as presas…mas não gosto de matar, sinto-me demasiado humana para isso, talvez seja só uma ilusão que criei para viver de consciência limpa até ao infinito, ou não sei…Enfim, para não os matar dou-lhes o maior prazer possível, quando amanhece e os pequeninos se vão embora nem sabem bem o que aconteceu ou o que foi sonho…e pelo menos saem felizes!

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Matei o Meu Primeiro Vampiro...Acho! - Por Paulo Cristo


Matei o meu Primeiro Vampiro...Acho!

Ontem à noite matei o meu primeiro vampiro... Acho!
 
Por razões óbvias não vou revelar o meu nome. No entanto, o peso que sinto na consciência e o cheiro do sangue fresco que se recusa teimosamente a sair das minhas unhas, levou-me a esta confissão mascarada.
 
Tenho medo! É esta a primeira ideia que me ocorre ao cérebro ainda dormente dos tormentos da noite passada. Tenho medo de várias coisas...

terça-feira, 6 de maio de 2014

Luta Desigual - por Ricardo Raimundo


      Era um dia normal de trabalho, os meus pés estavam a chorar por um pouco de descanso, mas ainda faltavam 2 horas de trabalho, já que era uma sexta-feira e parecia que toda a gente da cidade decidiu sair HOJE á noite.

- Sookie, na mesa 7 precisam de mais cerveja – disse Sam.

Reparei que não havia mais, tinha de ir ao armazém. Chegada lá fora senti uma presença estranha, pensei de imediato que era o Bill. De repente algo toca em mim, me abraça e toma nos seus braços, beijando-me e eu pressentindo que já conheço esse alguém deixo-me ir na espiral de emoções. Meio atordoada dou por mim encurralada entre o seu corpo e a parede, nunca nesses momentos os seus lábios deixam de tocar os meus.

domingo, 20 de abril de 2014

Precisa-se de Sangue - por Sofia Covas


      Depois de beber o sangue de Bill eu tinha ficado estranha, mas com o sangue de Eric era uma espécie de nova mistura que se criava em mim. Tinha os sentidos mais aguçados, e subitamente uma vontade e sede de sangue… mas não de sangue humano. Será que me estava a viciar em sangue de vampiro?

      Quando Bill e eu fazíamos amor agora a tendência era para eu querer o sangue dele. Mas agora estava a ficar estranhamente esfomeada, Bill tinha desaparecido, e a opção que me restava era o meu chefe vampiro, Eric. Estava no meu dia de folga e por isso decidi ir vê-lo. Quando entrei no seu bar, Eric tinha acabo de acordar, mas vinha com um aspecto impecável. - Sookie, querida. Ainda bem que me vieste ver, pelo menos de forma voluntária – disse Eric de forma sensual.